terça-feira, 31 de março de 2015
segunda-feira, 30 de março de 2015
quinta-feira, 26 de março de 2015
SALVE JORGE!
Gostava muito de vê-lo em ação. Seu estilo, sua maneira e seu bom gosto em fazer humor me influenciou e muito, diga-se de passagem. Não tive a oportunidade de conhece-lo , mas na minha memória permanecerá sempre vivo. Salve JORGE!!
terça-feira, 24 de março de 2015
segunda-feira, 23 de março de 2015
Acabou de Sair da Gráfica
E a notícia boa da semana (pelo menos para mim), fica por conta do meu livro PRA QUEM É, TÁ BOM que acaba de sair da Gráfica.
domingo, 22 de março de 2015
terça-feira, 17 de março de 2015
domingo, 15 de março de 2015
sexta-feira, 13 de março de 2015
Está no Sangue
O ônibus que
coleta sangue estacionou, como de costume, às 14:00horas em ponto, no local de
sempre. Dona Lúcia, que há mais de cinco anos, faz questão de semanalmente fazer
sua doação, dessa vez, trouxe a tira colo seu neto, Willian Anselmo, que por
força do destino, saiu, meio que forçado da frente do computador e do seu vicio
eterno por jogos on line. Não era exatamente só esse o motivo da cara
carrancuda e contrariada do adolescente, ele, ainda, muito a contra gosto, acabara
também de se alistar para o exército.
-Além
dos caras te furarem, te darem um pico, sacanearem a sua veia, vamos ter que
esperar na fila, Vó?
-Fala baixo Willian Anselmo, não está vendo que está todo mundo te olhando?
-É por causa do meu estilo!
-Estilo de mendigo. Todo rasgado, e com um par de pneus de trator nas orelhas. Esse piercing no teu nariz é tão grande que vai acabar te dando problema na coluna!
-Desencana Vó! Alá, olha só aquele tiozinho ali!
-Que é que tem?
-Está se achando. Quem olha assim, todo cheio de mala acha até que ele tem sangue azul!
A fila inteira olhou para o rapaz.
-Fala baixo. Que vergonha, todo mundo olhando pra gente!
-Aquele outro ali parecendo o Ney Matogrosso. Deve ter Sangue Latino!Aquele ali parece ser gente boa, deve ter sangue bom.
-E aquela tiazinha ali Vó! –Apontando.
-Para com isso Willian Anselmo, que coisa feia!
-Aquela ali deve ter sangue de barata!
Um cidadão enorme saiu do inicio da fila e a passos largos se aproximou do adolescente, encarou-o e num movimento rápido, com um dos punhos cerrados, o cover do Anderson Silva, lhe acertou um direito no meio da face.
-Que é isso mano, você está louco?!
-É que eu tenho sangue no zóio!
quinta-feira, 12 de março de 2015
terça-feira, 10 de março de 2015
segunda-feira, 9 de março de 2015
domingo, 8 de março de 2015
sexta-feira, 6 de março de 2015
quarta-feira, 4 de março de 2015
terça-feira, 3 de março de 2015
segunda-feira, 2 de março de 2015
domingo, 1 de março de 2015
Cinquenta Tons de Álcool
A fila no Posto de Combustível já
dobrava a esquina quando Valdir estacionou seu Monza 86 financiado, com os
pneus carecas, estofamento em petição de miséria e a lataria carcomida que um
dia foi branca, no momento está prata e até o fim do ano vai estar só o
Pó.
Alguém lá da frente
gritou: “-Pessoal? A gasolina acabou! Agora só temos Álcool!” O que já eliminou
metade dos mais de cento e cinquenta carros que em menos de quinze minutos se
aglomeraram por ali.
O
sol a pino, mais o sono do pós-almoço junto com a preguiça de ter que encarar o
resto da tarde na obra fez com que o Pedreiro não desce ouvidos aos reclames
cheios de discursos inflamados contra o governo vindo dos companheiros de fila.
Apesar
da lentidão, a fila andava, e ao se aproximar das bombas, Valdir, aos poucos,
foi se sentindo frustrado, diminuído, acuado. Afinal, era um tal de “completa o
tanque” daqui. Um “coloca cem reais” dali. Que o Pedreiro estava se sentindo
deslocado na companhia daquela ostentação toda a base de cartões de crédito.
Por muito pouco não desistiu da empreitada. Mas, resolveu seguir o conselho que
o pai havia lhe ensinado, ainda em seu leito de morte: “-Começou vá até o fim!”
Uma hora e cinco
minutos depois, finalmente Valdir chegou à bomba de combustível, feito esse que
por si só já era motivo de orgulho, afinal, havia vencido uma batalha árdua em
dias de greve de caminhoneiros.
-Quanto vai patrão?!
-Cinquenta
centavos de álcool, por favor!
O
frentista, num misto de espanto e sarcasmo, perguntou novamente.
-Desculpe querido, não
entendi direito. Quanto vai?
Valdir,
novamente, no mesmo tom de voz, repetiu.
-Cinquenta
centavos de álcool! – E entregou um copo de plástico para o frentista que, ressabiado
abasteceu-o, nem chegando a enchê-lo. Com cara de poucos amigos o frentista
entregou o copo para Valdir que, para espanto geral da nação ali presente, numa
golada só virou o copo de álcool na boca. Segundos depois, com os olhos em
chamas e o rosto rubro Valdir saracoteou a cabeça e ao entregar a moeda
perguntou ao frentista.
-Não tem um chorinho,
amigo?
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