domingo, 10 de junho de 2012

0800 de Ambulante é 171



Andar nas calçadas, praças e outros locais públicos está ficando cada vez mais complicado. Os pedestres tem que disputar de forma desleal espaço  com  produtos de beleza, bonés, pastel, alho e até equipamentos eletrônicos. Minha dúvida é: por que chama-se “vendedor ambulante” se ele fica parado?
Não é estranho o cidadão vender produtos eletrônicos e não ter uma máquina para passar cartão?
A quantidade de malabares, palhaços, e engolidores de fogo que estão ganhando a vida nas ruas é tanto que daqui a pouco vai ser impossível atravessar o sinaleiro sem pagar pedágio, pois definitivamente o couvert artístico é o pedágio da cidade grande.
Mas dentre as infinitas modalidades de vendas existentes, prefiro enumerar as possibilidades que ainda não foram exploraradas: os nichos de mercado ambulante que, assim como Tsunamis em copos d’agua, não existem:
VENDEDOR DE PACIÊNCIA “E aí freguesia, é a banca da Paciência. Aproveite nossa promoção da semana: na compra de uma Paciência para suportar o trânsito engarrafado, o sermão semanal da patroa ou até mesmo o juros do cartão, você leva de graça uma Paciência com o discurso do novo encarregado do departamento do R.H. ”
O  CARRO DO PESADELO “Está passando na sua rua o carro do pesadelo. Quer  uma noite alucinante tendo pesadelos com o patrão, a ex-mulher e as prestações atrasadas da casa própria? Nós temos a solução. E na compra de dois pesadelos ganha uma insônia.”
VENDEDOR DE CDs HONESTO “Olha o CD, vamos levar um cedezinho hoje amigo? Gosta de Axé? Sertanejo Universitário, Valsa, Tango, Pagode? Também não!? Rock, Funk, Punk, Lambada?! Não? Então fique tranquilo que eu tenho o CD certo aqui pro senhor: tá aqui ó, um cedezinho virgem.”

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