Nunca se consumiu tanto como nos
dias atuais. E não dá para negar: Comprar é bom, é libertador é mais viciante
que lamber latinha de leite condensado. Mas mesmo assim algumas pessoas falam
mal daqueles que dão vazão a sua sede de consumo. Gente, cá entre nós, consumir
é bom. Não ter dinheiro para pagar é que é ruim.
O sentimento de poder que a
compra dá é algo inenarrável. É um sentimento egoísta e cruel. Ouso a dizer que
é mais tirano que Pôncio Pilatos. Mas e daí, que reprovação é essa? O dinheiro
é meu, trabalhei para conquistá-lo. Tenho o direito de fazer dele o que bem
entender. Pior são os políticos que fazem o mesmo e o dinheiro nem deles é.
Na verdade a classe política vive
num verdadeiro Open Bar do Consumismo. Depois de eleitos eles acham que estão numa
festa com dinheiro público à vontade, onde não há limite de gastos por gabinete.
Geralmente nesse tipo de festa, o candidato eleito não paga por sua entrada, quem
paga são os Financiadores de Campanha que não tem outro intuito a não ser
participarem da festa onde as obras são superfaturadas e é liberado o retorno
de seu investimento.
Os mais velhos que ficam fulos da
vida ao notarem que os adolescentes não tem tanta clemência com o gasto do seu
rico dinheirinho: “-Onde já se viu Pedro Felipe, pra que você quer um celular
de R$1.500,00?” Pedro Felipe rindo “- Para falar, mãe!”
E o drama do diálogo sobre
consumo toma proporções apoteóticas quando a pessoa de mais idade compara o
consumo da atual geração com o período da adolescência dele. Porque na época
dele não tinha telefone celular. No período dele não se bebia refrigerante todo
dia. No período da adolescência dele não se fazia churrasco todo final de
semana. Cá entre nós, que período é esse? Período Paleolítico!
O consumo está diretamente ligado
a criação do mundo. Para os Maias, viemos do milho. Para os Guaranis da Argila
e para os Alemães da Volkswagen.
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