Não adianta discutir amigo. Quem
manda na casa é sua mulher. Ela pode até pedir sua opinião de vez em quando.
Mas é por educação. Mulher quando pergunta a opinião do homem para comprar
alguma coisa das duas uma: Ou está em dúvida, ou está sem dinheiro.
Esses dias minha mulher
encasquetou que estava faltando alguma coisa no pobre coitado do sofá lá de
casa. “-Você não acha amor, que está faltando alguma coisa nos braços desse
sofá?” Tive que concordar. “Verdade! Uma tatuagem, talvez?” Se Santos Drumont
tivesse inventado o sofá ele não teria braços teria asas.
Elas dizem que o sofá é o que
complementa a sala. Ele é algo tão importante que nem deveríamos sentar nele.
Segundo as mulheres, o sofá tem que ter carisma, tem que ter presença, tem que
ter ar de sofisticação. Pra mim ele tendo espuma já está de bom tamanho.
Segundo elas, o sofá não é mais
um simples móvel e sim um objeto de decoração. Eu posso não ser o cara mais
inteligente do mundo, mas discordo disso ai. Pra mim o sofá é muito útil e em
todos os aspectos. É nele que sento pra ver meu futebol, pra mexer no meu
notebook, pra tirar um cochilo. Muito diferente de um objeto de decoração que
na maioria das vezes é igual minha sogra. Não tem utilidade nenhuma, mas permanece
está ali, imóvel, estática.
Limpei o sofá da sala. O menor.
Ele estava muito sujo. E o que é pior, tinha de tudo dentro dele. Achei lápis,
caneta, borracha, pipoca, restos de maçã e arroz. Muito arroz. A quantidade de
arroz que tinha nele era maior que a quantidade que vem na cesta básica da
empresa que meu filho trabalha.
Meu sofá não é bonito, mas tem
umas cores de tecidos de sofás por ai que pelo amor de deus. São muito feias,
elas são tão feias que o cara que inventou só pode ser daltônico. Pior é o cidadão
que inventou a cor marrom terra. Preste atenção no que estou dizendo: “- O
marrom terra vai dominar o mundo!” Sofá marrom terra, rack marrom terra, balcão
de cozinha marrom terra, estante marrom terra. Calcinha da mulherada então, nem
se fala.
O sofá de casa era grande e
vermelho. Ele era muito grande e seu tecido era de um vermelho enorme. Era tão
grande que doei-o para um teatro
pensando que talvez pudessem utilizá-lo no hall, para o público sentar
etc e tal. O pessoal tirou seu tecido e estão usando como cortina.
Nenhum comentário:
Postar um comentário