quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Tenho tanto carinho pelo sofá lá de casa que nem pum tenho coragem de soltar nele


Não adianta discutir amigo. Quem manda na casa é sua mulher. Ela pode até pedir sua opinião de vez em quando. Mas é por educação. Mulher quando pergunta a opinião do homem para comprar alguma coisa das duas uma: Ou está em dúvida, ou está sem dinheiro.

Esses dias minha mulher encasquetou que estava faltando alguma coisa no pobre coitado do sofá lá de casa. “-Você não acha amor, que está faltando alguma coisa nos braços desse sofá?” Tive que concordar. “Verdade! Uma tatuagem, talvez?” Se Santos Drumont tivesse inventado o sofá ele não teria braços teria asas.

Elas dizem que o sofá é o que complementa a sala. Ele é algo tão importante que nem deveríamos sentar nele. Segundo as mulheres, o sofá tem que ter carisma, tem que ter presença, tem que ter ar de sofisticação. Pra mim ele tendo espuma já está de bom tamanho.

Segundo elas, o sofá não é mais um simples móvel e sim um objeto de decoração. Eu posso não ser o cara mais inteligente do mundo, mas discordo disso ai. Pra mim o sofá é muito útil e em todos os aspectos. É nele que sento pra ver meu futebol, pra mexer no meu notebook, pra tirar um cochilo. Muito diferente de um objeto de decoração que na maioria das vezes é igual minha sogra. Não tem utilidade nenhuma, mas permanece está ali, imóvel, estática.

Limpei o sofá da sala. O menor. Ele estava muito sujo. E o que é pior, tinha de tudo dentro dele. Achei lápis, caneta, borracha, pipoca, restos de maçã e arroz. Muito arroz. A quantidade de arroz que tinha nele era maior que a quantidade que vem na cesta básica da empresa que meu filho trabalha.

Meu sofá não é bonito, mas tem umas cores de tecidos de sofás por ai que pelo amor de deus. São muito feias, elas são tão feias que o cara que inventou só pode ser daltônico. Pior é o cidadão que inventou a cor marrom terra. Preste atenção no que estou dizendo: “- O marrom terra vai dominar o mundo!” Sofá marrom terra, rack marrom terra, balcão de cozinha marrom terra, estante marrom terra. Calcinha da mulherada então, nem se fala.


O sofá de casa era grande e vermelho. Ele era muito grande e seu tecido era de um vermelho enorme. Era tão grande que doei-o para um teatro  pensando que talvez pudessem utilizá-lo no hall, para o público sentar etc e tal. O pessoal tirou seu tecido e estão usando como cortina.

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