terça-feira, 22 de outubro de 2013

Não tenho preguiça. Tenho Dna de Baiano


Herdei a preguiça de minha mãe. Minha progenitora é tão preguiçosa que me levou para fazer o teste do pezinho quando eu já calçava 40. Não tenho preguiça. Tenho falta de pressa. Só não colei as figurinhas do álbum da Copa do Mundo de 70 ainda por falta de tempo. Minha preguiça é tão desenvolvida que ela me impede que eu tenha preguiça.

Não tenho preguiça. Só acho que dormir com a luz do quarto acesa é muito mais seguro. Deixar os talheres acumularem na pia da cozinha durante uma semana não é preguiça é uma forma de colaborar com a preservação do meio ambiente. Não tenho preguiça é que simplesmente acho que usar a mesma calça durante quinze dias ajuda a definir o caimento. Caimento de café, caimento de catchup, caimento de higiene.

Não sou um comediante medíocre, sem existência própria ou de raras habilidades artísticas literárias ou de qualquer natureza publica. Simplesmente não as exerço para evitar a futura trabalheira de um biógrafo preguiçoso.

A vontade pode até ser grande, mas a preguiça é maior que o rabo do vestido da noiva. Minha irmã é tão preguiçosa que na saída da igreja no dia do seu casamento não foi recebida com arroz, mas com travesseiros.

Se eu fosse o criador, todos os animais nasceriam sem rabo. Não é preguiça é excesso de cautela. O rabo só é funcional se a cara da Vaca for muito feia. O Cachorro sem rabo, por exemplo, é muito mais aerodinâmico. Ele não anda ele desfila, ele não caminha ele se impõe demonstrando virilidade e testosterona. Pode ser o cachorro mais fuleiro que existe, pode ser um Pintcher nanico e magrelo da galera do Mst, se não tiver um rabão e for cotoco vai parecer o Pitbull da Dilma. O maior paradoxo do rabo é o Político corrupto. Mesmo tendo o rabo preso ele continua solto.

Algumas correntes religiosas dizem que o criador era preguiçoso porque era homem. Se fosse mulher tinha feito o mundo em dois dias. Nos outros cinco ia aproveitar o tempo e fazer faxina na casa, visitar a mãe no sítio, assinar o boletim do moleque na escola e ler “Guerra e Paz ......em Russo”.


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