Quando somos jovens não sabemos o
real significado da palavra sensibilidade. Tanto é que na maioria das fotos de
nossa adolescência nosso corte de cabelo é mais ridículo que cor de estofamento
de carro popular.
O insensível se defende atacando,
se desculpa apontando defeito e ainda se acha no direito de assumir que não é
um insensível. Simplesmente adquiriu uma crosta de experiência que tornou sua
sensibilidade menos sensível ao ponto de ser escultor e criar um busto sem peito.
Você percebe que a pessoa é
insensível, ou possui muito pouca sensibilidade, em pequenos atos como “molhar
a bolacha no café com leite”. Quem faz isso não é insensível, ela talvez possua
uma camisinha na língua e não saiba.
Inevitavelmente o ser que cultiva
esse hábito “da bolacha molhada no pingado” é o mesmo que faz barulhos
estranhos quando toma café. Perdão, não toma, suga! Uma máquina de triturar
ossos faz menos barulho que um ser sugando café. Quem suga café suga sopa, suga
macarrão suga paciência.
Homens de idade avançada
normalmente possuem pouca sensibilidade. Não é dessa sensibilidade que você
está pensando que estou falando, para ela, já inventaram o Viagra. É no visual,
na parte estética mesmo. Pintar o cabelo branquíssimo de um Caju cor de criado
mudo de confessionário de Igreja e deixar o bigode branco é o mesmo que ir numa
churrascaria em Porto Alegre e pedir Yakisoba.
Se o Bruce Banner fosse um
cidadão sensível ao se transformar em seu alter ego “Incrível Hulk”, não
ficaria Verde, ficaria Lilás. Um ser desprovido de sensibilidade é como um
jacaré. Quando abre a boca não sabemos se está sorrindo ou querendo nos comer.
Quando as “Comadres” da sociedade
se encontram, o salão de eventos do Rotary Clube fica tão entorpecido de
conversa que se não abrir as janelas é capaz dos pilares ruírem tamanha falta
de sensibilidade.
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