quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Era tão insensível ao ponto de colocar a marcha fúnebre para tocar ao invés do Parabéns para você no aniversário de um aninho do neto.

Quando somos jovens não sabemos o real significado da palavra sensibilidade. Tanto é que na maioria das fotos de nossa adolescência nosso corte de cabelo é mais ridículo que cor de estofamento de carro popular.

O insensível se defende atacando, se desculpa apontando defeito e ainda se acha no direito de assumir que não é um insensível. Simplesmente adquiriu uma crosta de experiência que tornou sua sensibilidade menos sensível ao ponto de ser escultor e criar um busto sem peito.

Você percebe que a pessoa é insensível, ou possui muito pouca sensibilidade, em pequenos atos como “molhar a bolacha no café com leite”. Quem faz isso não é insensível, ela talvez possua uma camisinha na língua e não saiba.

Inevitavelmente o ser que cultiva esse hábito “da bolacha molhada no pingado” é o mesmo que faz barulhos estranhos quando toma café. Perdão, não toma, suga! Uma máquina de triturar ossos faz menos barulho que um ser sugando café. Quem suga café suga sopa, suga macarrão  suga paciência.

Homens de idade avançada normalmente possuem pouca sensibilidade. Não é dessa sensibilidade que você está pensando que estou falando, para ela, já inventaram o Viagra. É no visual, na parte estética mesmo. Pintar o cabelo branquíssimo de um Caju cor de criado mudo de confessionário de Igreja e deixar o bigode branco é o mesmo que ir numa churrascaria em Porto Alegre e pedir Yakisoba.

Se o Bruce Banner fosse um cidadão sensível ao se transformar em seu alter ego “Incrível Hulk”, não ficaria Verde, ficaria Lilás. Um ser desprovido de sensibilidade é como um jacaré. Quando abre a boca não sabemos se está sorrindo ou querendo nos comer.


Quando as “Comadres” da sociedade se encontram, o salão de eventos do Rotary Clube fica tão entorpecido de conversa que se não abrir as janelas é capaz dos pilares ruírem tamanha falta de sensibilidade.

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