Um dos hábitos mais estranhos que
o ser humano possui é o de se alimentar. Comer é bom, é saudável é essencial.
Mas, cá entre nós. Comer peixe frito e tomar café ao mesmo tempo já logo de
manhã é algo passível a punição via cadeira elétrica.
Comida típica é algo no mínimo
muito pessoal. Desculpe, mas, sou radical em detrimento de minhas manias a
mesa. E vou além, sou daqueles que comem com os olhos. Se minhas retinas não
aprovam o estômago nem chega perto. Exemplo disso é a culinária japonesa. Mas
não como com pauzinhos nem com intimação de oficial de justiça.
Não estou terceirizando
responsabilidades, mas, acho que tudo tem um dedinho de culpa de nossas
matriarcas. São elas que criam hábitos em nós tão delicados como comer uma
deliciosa buchada de bode ao molho pardo. Ou você acha que o cidadão já nasce
sabendo que quer comer rins, fígado e vísceras de bode lavadas, aferventadas,
cortadas, temperadas e cozidas em bolsas?
Ao reparar na quantidade de
comida que compõe a marmita de alguns profissionais da construção civil é que
você percebe que o mundo não é dos nets, é dos donos de supermercados.
Num mundo cada vez mais exótico,
gastronomicamente falando, não me surpreendo se for notificado pela justiça por
formação de quadrilha ao receber meus amigos em casa para um churrasco.
Já que nosso dia é um eterno
comer desenfreado, para alguns gordinhos de plantão seria de bom tom começar
uma dieta. Nunca fiz, mas sei que não deve ser nada agradável. Por isso acho
que o primeiro sentimento de quem está de dieta deve ser o da revolta. Dá vontade de acabar com tudo, a
começar pelo que tem na geladeira.
Resumindo a questão ao pé da
letra, se bebida é água e comida é pasto, se um amigo te convidar para saborear
uma bela porção de grama refogada fique esperto isso pode não ser uma pegadinha.
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