quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Um belo par de risos abre portas. Um belo de par de coxas então......

Tenho inveja de pessoas que não riem. Pessoas que mantém a seriedade o tempo inteiro, que permanecem inalteradas e mesmo diante de uma cena engraçadíssima conseguem compreender uma razão para aquilo que não o riso. O nome designado para essa pessoa é chata!

Fiscal, investigador, oficial, mestre, doutor não são relez mortais. São seres iluminados de uma energia universal que os impossibilita de sorrir. Essa energia é tão universal que muitos deles não são desse planeta.
Parece que primeira coisa que a pessoa faz ao se formar “Doutor em alguma coisa” é tirar o sorriso do rosto. Deve ser um pré-requisito, uma norma. E deve vir bem especificada, diga-se de passagem: “Depois de alcançar tamanho feito, deverás manter sempre à vista uma cara blasé, um olhar de quem realmente sofreu para chegar até aqui”. Parece que o que foi alcançado não é uma conquista é um fardo. E ficam todos iguais. Parece que todo aquele que possui um cargo superior tem uma cara de quem está com dor na vesícula.

Se um belo sorriso abre portas, a falta dele pode fazer você perder um belo de um tempo apertando a campainha. Mas, também, não é todo rosto que um belo sorriso combina. É só olhar para tua sogra para entender o que estou falando.

Um tipo “sérião”, que não ri de nada, que não consegue achar nada engraçado, que mesmo sem usar aparelho nos dentes já está com o sorriso enferrujado se por um acaso do destino sofrer uma crise de risos morre. Morre de desgosto por ter perdido o controle do organismo.

Algumas pessoas nasceram com um único intuito na vida: Serem sérias! Definitivamente elas não estão aqui a passeio. Já saíram da placenta indagando o porquê, para que, qual o sentido da vida, porque cesariana e não parto normal?!

Mas, contudo, às vezes, é melhor não sorrir do que fazê-lo de maneira falsa. Monges são assim. Não todos claro, os dois que conheço pelo menos. Eles alegam que agem dessa forma porque possuem o controle do eu interior, e que eu não o faço porque ainda não me encontrei. Encontrar-me? Se minha mãe diz que um de mim já vale por um milhão de  idiotas, imagine dois? Dá pra conquistar o mundo!

Não vou dizer que não tentei. Um dia, para tentar encontrar comigo e sentir uma paz interior permaneci estático sentado sobre minhas pernas encarando uma parede branca por quarenta e cinco minutos. Sabe o que senti? Dor, muita dor!

Não nasci para ser monge, assim como não nasci para sorrir o tempo inteiro. Você há de convir comigo que não dá para viver em completa harmonia com o mundo quando falta açúcar na limonada.


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